Visitas 129691562 - Online 332

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Geral

16/04/2014 19:14:20

Polícia Civil aborda caminhões da Prefeitura e apura suspeita de crime ambiental

Agentes da Polícia Civil abordaram, na tarde desta quarta-feira, 16, caminhões e homens da Prefeitura de Vilhena suspeitos de cometerem crime ambiental no bairro Parque Cidade Jardim II. Uma máquina da Secretaria Municipal de Obras também estava no local, onde motoristas e operadores foram flagrados jogando material aparentemente inadequado numa valeta aberta pelas chuvas. Ontem à tarde, moradores já haviam se queixado da ação da Semosp, mas quando a polícia chegou à área o maquinário e os servidores já haviam ido embora.
Hoje à tarde, novamente acionada pelos moradores do bairro, a Polícia Civil enviou equipes de agentes e peritos ao local. No momento em que a abordagem aos homens e veículos era feita, apareceu ali o secretário municipal de Obras, Elizeu Lima. A reportagem perguntou se ele queria dizer alguma coisa e sua resposta foi: “Na hora de fotografar a gente trabalhando vocês não aparecem, mas quando é para atrapalhar, estão aqui”. Bastante alterado, o titular da Semosp chegou tentar elevar a voz para um dos policiais. O procurador do município, Carlos Eduardo Ferreira, também esteve na região do “conflito”, porém, parecia mais calmo e foi ouvido pelas autoridades.
O FOLHA DO SUL ON LINE constatou que, no momento da ação policial, os caminhões estavam jogando terra na cratera aberta pela erosão. A retroescavadeira ajudava espalhar o material, cobrindo pneus velhos, garrafas pet e até móveis velhos usados para tapar o buraco.
Ouvido pela reportagem, o perito que acompanhava o trabalho dos colegas disse que o material que estava sendo encoberto pela terra trazida pelos caminhões é inadequado para o solo. Embora não tenha sido categórico, deu a entender que há a possibilidade de contaminação da área atingida.
O site ouviu moradores, que reclamam do mau cheiro exalado pelos materiais que se decompõem. Uma das fotos desta reportagem mostra moscas num prato de plástico com restos de comida descartados na valeta.
O Boletim de Ocorrência sobre o mesmo caso, registrado ontem, será juntado à ocorrência de hoje. Toda a documentação, mais o laudo pericial sobre o suposto crime ambiental será encaminhado ao delegado que preside o inquérito. Após isso, caso se comprove o crime ambiental, o Ministério Público será avisado e poderá denunciar os envolvidos.
O OUTRO LADO – Procurada para se manifestar sobre o caso, a assessoria da Semosp emitiu nota dizendo que vai aguardar a conclusão do inquérito para se pronunciar.





Fonte: FS
Autor: Edeblandes Ortis

Newsletter

Digite seu nome e e-mail para receber muitas novidades.

SMS da Folha

Cadastre seu celular e receba SMS com as principais notícias da folha.