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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Terra

10/01/2013 18:17:16

Governador anuncia usina, mas o calcário pode não ser o ideal para o Cone Sul

O anúncio da instalação de uma usina de calcário na região de Pimenta Bueno não parece animar o homem do campo da região sul do Estado, principalmente ao plantador de soja e milho. O motivo é a qualidade do calcário rondoniense.

 

 Como foi noticiado pelo site FOLHA tempos atrás, os plantadores do Cone Sul pagam caro pelo calcário vindo do Mato Grosso. A usina mato-grossense, que fica para lá de Cáceres e antes de Cuiabá, cobra R$ 34 a tonelada do calcário. Mas o frete sai por R$ 100 a tonelada, totalizando um custo de R$ 134 a tonelada do mineral.

 

Já existe uma usina de calcário em Espigão do Oeste. O frete da cidade rondoniense até ao Cone Sul ficaria bem mais em conta. Mas os plantadores afirmam que o calcário rondoniense não é bom como o mato-grossense.

 

“O calcário precisa ser dolomítico e calcítico”, afirma Oséas Dantas, plantador de lavouras em Cerejeiras. “O calcário de Rondônia não é. O de lá tem a cor rosada e o bom mesmo é o branco”, afirma, embora o próprio plantador advirta que a cor não é o critério mais eficiente para identificar um bom mineral.

 

A usina anunciada recentemente pelo governador Confúcio Moura pode, então, não beneficiar diretamente os plantadores do Cone Sul, embora não tenha sido divulgado se o calcário pimentense é dolomítico e calcítico. O mineral rondoniense serve para os pecuaristas de outras regiões do Estado, cuja atividade produtiva não exige o calcário de qualidade mais elevada.






Fonte: FS
Autor: Rildo Costa

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