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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

22/05/2015 08:07:56

Petistas de Corumbiara preparam homenagens a vereador assassinado há 20 anos


Até Padre Ton incentivou celebrações

Os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade de Corumbiara preparam homenagem a um personagem histórico da legenda no município. Os petistas corumbiarenses planejam fazer uma solenidade em memória das duas décadas do assassinato do vereador Manoel Ribeiro, o Nelinho.
Neste ano de 2015 completa-se 20 anos da morte do primeiro presidente municipal corumbiarense do PT, o vereador Nelinho. Militante das causas sociais, especialmente dos trabalhadores rurais sem-terra e indignado  com a corrupção dos colegas na Câmara de então, o vereador petista foi morto a tiros quando chegava em casa numa tarde chuvosa de 16 de dezembro de 1995.
Familiares de Nelinho ainda moram no município. O pai dele, o agricultor Itamar Ribeiro, de mais de 70 anos, mora no mesmo sítio que ganhou do Incra no inicio da década de 1983. O irmão de Nelinho, João Ribeiro, conhecido como Joãozinho, foi vereador em Corumbiara por dois mandatos e vice-prefeito por um. Outro irmão, Genadir Ribeiro, é presidente de um sindicato rural que Nelinho fundou.
Miliantes do partido no município corumbiarense, muito provavelmente, farão as homenagens no final deste ano. 
Quando esteve em Corumbiara, no feriado de 1º de maio deste ano, o presidente estadual do PT, o ex-deputado federal Padre Ton, incentivou a militância corumbiarense a homenagear Nelinho. “Vamos fazer uma celebração por esses 20 anos. Ele é um exemplo para nós, era um homem que lutava pelas causas justas, era católico e líder de comunidade. Ele merece uma homenagem”, diz o padre-político.
No sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Corumbiara (STTRC), onde o irmão de Nelinho é presidente, uma foto do vereador falecido (e fundador do próprio sindicato) morto na década de 1995 está pendurada numa trave do telhado, com uma frase que diz: “Não tive tempo para ter medo; dói mais a impunidade do que a morte”.
Mesmo 20 anos após o assassinato de Nelinho, o caso ainda é um mistério no município. Um dos vereadores da época chegou a ser preso e passou 12 anos na cadeia, acusado de ser “agenciador” do crime. Mas o sentimento de impunidade ainda continua no coração de cada familiar, militante ou simpatizante do vereador em Corumbiara.Esse sentimentode impunidade nem duas décadas conseguiram apagar.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

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