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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Geral

14/09/2015 08:50:02

Políticos cobram, mas empresa diz que não recebeu por obra em rodovia no Cone Sul

Trecho entre Colorado e Cerejeiras é o mais prejudicado

Como já foi noticiado por este site, a situação da BR-435, que vai do trevo de Vilhena até Pimenteiras, numa extensão de cerca de 190 quilômetros, não é das melhores. O trecho mais crítico, porém, é o de Colorado a Cerejeiras, onde asfalto quebrado e mal recapeado se estende lado a lado com buracos feitos na pista.
Uma obra de restauração começou a ser feita em maio deste ano. A empresa que venceu a licitação e tocava o serviço é a Cavalca. O valor da obra, que é do governo federal, é de R$ 39 milhões e inclui a restauração da BR-435 do trevo de Vilhena ao trevo do 13, cerca de 12 quilômetros após a área urbana de Cerejeiras. Mas, cerca de dois meses depois, a obra de recuperação do trecho entre Colorado e Cerejeiras foi paralisado.
Em alguns trechos da obra que começou e não foi concluída, há lugares onde o asfalto foi retirado, mas não foi pavimentada uma pista nova por cima.

Políticos cobram resposta da empresa

Autoridades de três municípios do Cone Sul tiveram uma reunião, na semana passada, com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), órgão do governo federal responsável pela rodovia, e com um engenheiro da empresa cuiabana Cavalca, que venceu a licitação para executar a obra. Participaram desta reunião o prefeito de Cerejeiras, Airton Gomes (PP), os vereadores cerejeirenses Valcir Rech (DEM), Kiko (PP) e Antônio Augusto (PMDB), e o prefeito de Pimenteiras, João Miranda (PSDB). O prefeito de Colorado, Josemar Beatto (PSDC), também foi ao encontro.

Resposta da empresa

Para essas autoridades, o representante da Cavalca disse que paralisou a obra porque não recebeu a medição prevista do governo federal. Segundo essa justificativa, teria de ser repassado à empreiteira o valor de R$ 10 milhões, mas até agora só foram despositados R$ 700 mil, faltando mais de R$ 9 milhões.
Aos prefeitos e vereadores, no entanto, o representante da empreiteira prometeu pelo menos pavimentar os trechos em que o asfalto foi retirado. Já para as autoridades cerejeirenses, o engenheiro da Cavalca prometeu restaurar o trecho da rodovia que passa pela área urbana do município (avenida das Nações), logo após a via pública ser liberada da obra de esgoto sanitário.
Segundo afirmam as autoridades, representantes da empresa prometeram também restaurar o trecho crítico que fica de frente à Boasafra, cerca de três quilômetros após a área urbana de Cerejeiras, onde há muitos buracos.
Sobre o asfalto retirado, a empresa justificou às autoridades políticas da região que a pavimentação é mais fraca que o projeto da planilha, e por isso foi necessário retirar toda a parte concreta da pista, mas a firma prometeu que tudo será restaurado.
A empresa também disse que, até agora, está levando prejuízo com a obra. Segundo o representante da Cavalca, cerca de 100 funcionários trabalhavam na restauração da rodovia em maio. Hoje são apenas 54, com mais previsão de cortes de funcionários.
Por outro lado, a empresa pediu que as autoridades políticas dos municípios atingidos pela paralisação da obra cobrem de deputados federais e senadores uma solução para a liberação da verba para a restauração da rodovia, pois o governo federal bloqueou os recursos para a obra.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

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