Voltar
Advogado esquenta polêmica envolvendo OAB e delegado da Polícia Federal em Vilhena
Josemário Secco propõe cela especial no lugar de Sala do Estado Maior
Em visita à redação do FOLHA DO SUL ON LINE, o advogado Josemário Secco resolveu se manifestar em relação à polêmica provocada por uma nota da OAB em resposta ao delegado da PF em Vilhena, Flori Cordeiro. A autoridade policial criticou a entidade, que exige “Sala do Estado Maior” para advogados presos, um tipo de instalação que sequer existe em Rondônia.
Secco explicou que este tipo de acomodação penal teve origem na Ditadura Militar, quando advogados eram recolhidos a estes ambientes a fim de evitar arbitrariedades do regime na época. “Mas, atualmente, esta realidade não é mais possível. Naquele tempo os advogados eram milhares. Hoje, somos mais de um milhão. Neste momento, seria impossível cumprir o que prevê o Estatuto do OAB”, contabiliza.
O advogado diz que é a favor da observância das prerrogativas da categoria, mas prega o bom senso: “Precisamos entender que uma cela especial poderia abrigar um advogado com mais dignidade que as Salas do Estado Maior, praticamente extintas no país”.
Ao pregar que a OAB reveja algumas de suas posições, Secco defende que a instituição passe a atuar em defesa dos seus membros eventualmente encaminhados para a prisão por causa da atividade que exercem. “Devemos lutar pela classe quando são colegas que sofrem arbitrariedades. Defender advogado que cometeu crimes sem estar no exercício da profissão não faz o menor sentido, apesar da norma não especificar este requisito, bastando apenas estar inscrito e regular”.
O profissional do Direito, embora solidário aos colegas, disse entender a indignação do delegado da PF que fez a crítica. “Não é só o Flori... a própria sociedade não aceita tratamento diferenciado para pessoas que cometem os mesmos crimes”.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação
