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Domingo, 12 de maio de 2024

Política

16/12/2016 18:32:37

Prefeita eleita de Vilhena tenta mudar “Ficha Limpa” na Câmara para nomear marido como secretário

Rosani teria explicado a vereadoras importância de Melki em sua gestão

Candidato a vereador contra a prefeita eleita de Vilhena, Rosani Donadon (PMDB), o pastor Francys Godoy (PR), apresentou, esta semana, na Câmara de Vereadores, uma proposta que beneficia diretamente o marido da mandatária, o ex-prefeito Melki Donadon.

Godoy, que assumiu como um dos sete suplentes convocados após a prisão dos vereadores titulares, quer alterar a “Ficha Limpa Municipal”, e assinou um projeto de lei junto com outros quatro colegas para sacramentar a alteração: Ernando Lucena (PTB), Vera da Farmácia (PMDB), Édio do Terraçus (PP) e Leninha do Povo (PTB).

A mudança proposta na lei atual, criada por Júnior Donadon (PSD) em 2013, é tão sutil que poderia até passar despercebida: ela estabelece um novo critério para que pessoas condenadas por decisões colegiadas da justiça (caso de Melki), assumam cargos na administração municipal.

Pela proposta do quinteto, caso o condenado possa substituir a pena recebida por outro tipo de condenação (pagamento de multa ou serviços comunitários, por exemplo), ele fica apto a assumir a função pública. A norma em vigor não abre qualquer tipo de exceção, pois segue à risca a “Ficha Limpa” nacional, que barra as nomeações por condenações em segunda instância e estabelece os tipos específicos de crimes abrangidos pela norma.

De acordo com informações obtidas pelo site, para articular a aprovação da matéria, Melki teria procurado, junto com a esposa, a vereadora Valdete Savaris (PPS) na casa da parlamentar. Na Câmara, no entanto, Rosani foi sozinha, e explicou à própria Valdete e à presidente da Casa, Maria José da Farmácia (PSDB), o motivo de trabalhar pela mudança na lei.

Rosani teria argumentado que Melki precisaria acompanhá-la nas viagens e que sua experiência política é fundamental na próxima gestão. O ex-prefeito teria revelado o interesse de ocupar a Secretaria Municipal de Coordenação Governamental, exercendo uma função parecida com a de um primeiro-ministro.

Na gestão do primo, Marlon Donadon, a quem elegeu prefeito com seu prestígio, em 2004, Donadon ocupou o mesmo posto, mas acabou sendo exonerado a pedido do Ministério Público, sob acusação de “usurpação de poder”.

QUANDO VOTA?
O projeto apresentado supostamente a pedido do primeiro casal será lido na segunda-feira, 19, quando a Câmara de Vilhena realiza três sessões extraordinárias, para discutir o orçamento de 2017. Depois, a matéria segue para análise nas comissões e, só então, caso não haja empecilhos legais, entra na pauta de votações.
 
RECOMPENSA
Nos bastidores da política vilhenense, correm insinuações de que os vereadores que assinaram o projeto de lei teriam recebido a promessa de que ganhariam cargos na gestão de Rosani, que se prepara para tomar posse no próximo dia 1º de janeiro. Esta FOLHA se coloca à disposição de todos eles para eventuais esclarecimentos.

OUTRO LADO
Recentemente, o líder petebista se aborreceu com o FOLHA DO SUL ON LINE, acusando o site de tentar prejudicá-lo. O veículo, no entanto, se dispõe a ouvir Melki sobre as ações atribuídas a ele neste caso, e abrirá o mesmo espaço para que o ex-prefeito possa falar sobre o episódio, pessoalmente ou através de sua assessoria. 





Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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