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Terça-feira, 21 de maio de 2024

Geral

15/01/2016 16:27:39

Delator na PF, empresário confirma esquema de propina na prefeitura de Vilhena

Depoimento complicou advogado Bruno Pietrobon

Através de advogados que atuaram no evento, o FOLHA DO SUL ON LINE obteve detalhes do depoimento prestado pelo empresário Jair José de Souza, dono da Tend Tudo, durante audiência na Vara Federal de Vilhena na terça-feira, 12. Jair era responsável pela manutenção dos veículos da Secretaria Municipal de Saúde, até um servidor da Pasta denunciar supostas ilegalidades no serviço.
Após uma batida da Polícia Federal em sua empresa, no mês de agosto, Jair assinou acordo de delação premiada e revelou detalhes do esquema, apontando inclusive quem estaria lhe “extorquindo”. Com base em suas informações, a PF prendeu o advogado Bruno Pietrobon, que teria cobrado a propina, e seu assessor, Nicolau Júnior, acusado de buscar o dinheiro na empresa.
Acusado pelo MPF cobrar por serviços não executados nas viaturas, e também de superfaturar preços, Souza negou ambas as práticas. Garantiu que executou todas as manutenções e forneceu as peças pedidas. A única irregularidade, segundo contou na audiência, seria a utilização de placas de outros veículos para justificar consertos em carros que não valiam mais a pena recondicionar.
Sobre a propina que pagava, o empresário afirmou que o dinheiro saía de seu próprio lucro. Revelou, também, que para receber o débito atual, era obrigado e entregar 10% do faturamento anterior. 
Ao explicar os pagamentos, Jair deu declarações devastadoras para Bruno Pietrobn, que teria até saído da sala no momento em que ele fazia a acusação. Souza contou que foi procurado pessoalmente pelo advogado, no início de 2013, avisando-o sobre a “contribuição compulsória” de 10%. Bruno teria alegado que o dinheiro seria usado para quitar compromissos financeiros da campanha do ano anterior, quando o prefeito Zé Rover (PP) foi reeleito.

NO CARRO
Questionado se havia entregue dinheiro pessoalmente ao acusado, o dono da Tend Tudo negou, esclarecendo que o repasse era feito para Nicolau. Mas revelou que Pietrobon aguardava no carro enquanto o assessor buscava a propina em dinheiro. Contou, inclusive, ter visto o próprio Bruno dentro do veículo algumas vezes.

TEM MAIS
Em processo conexo, Jair terá que dar informações sobre um outro esquema de propina. Era na conta de sua empresa que a Elotech, firma paranaense de sistemas de gestão, depositava o valor mensal que era repassado a pessoas da prefeitura. Maiores detalhes sobre este caso, no entanto, ainda estão sendo apurados.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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