APREENSÕES DE MADEIRA CONGESTIONAM POSTO FISCAL
As apreensões são feitas por agentes do Ibama e da Polícia Federal, que trabalham na Operação Portal, lançada em maio do ano passado para impedir que madeira irregular saia do estado.
A reclamação dos caminhoneiros que estão parados no Posto de Fiscalização é a mesma de um ano atrás: o problema está no nome científico das essências transportadas. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) libera a madeira com um determinado nome, enquanto que o Ibama apreende alegando erro na identificação da carga.
“Se até os próprio pessoal do Ibama para identificar uma madeira precisa de amostras, imagina nós caminhoneiros que não entendemos nada de madeira. Como a gente vai saber se o nome científico está ou não correto”, desabafa o caminhoneiro, João Márcio, que está parado desde a quinta-feira, 30.
Outra reivindicação é quanto a infraestrutura no posto. No local há apenas um banheiro e no pátio, quando chove, são inúmeras as poças que se formam, atrapalhando o tráfego. “A gente fica aqui como se fosse criminoso porque se alguém passa mal não tem um carro para levar até a cidade. Para comer a gente está ajuntando um pouquinho de cada um e se virando. Se tem alguém errado nesta história, não é o caminhoneiro”, alega Valmir de Oliveira, enquanto cozinha para o grupo em um fogareiro de duas bocas.
A madeira apreendida é descarregada no pátio da Conab ou de madeireiras e fica a disposição da Justiça, por tempo indeterminado. Quanto a liberação dos caminhões, pode levar até meses. “Um colega meu já chegou a ficar parado aqui esperando por mais de três meses”, afirma Valmir.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Raquel Gonçalves