OS VOTOS DE VILHENA VÃO PARA QUEM?
Vilhena poderá ter, no ano que vem, uma eleição para a Assembleia menos concorrida em relação à passada. Naquele ano, a cidade teve sete candidatos com votação superior a 1500 votos e três destas “estrelas” estarão fora de combate: Zé Rover (PMDB), que obteve 4.752 votos, e que hoje é prefeito; Vanderlei Graebin, que na época era do PRP e está no PMDB, sem espaço para concorrer, 2.478; Sandra Melo (PMDB), que se desligou da vida política, 3.322.
Dos cinco mais votados apenas dois vão à reeleição: Marcos Donadon (PMDB), o campeão dentre todos, com 5.662, e Luizinho Goebel (PV), com 2289 sufrágios, ficando em quinto lugar.
O que se esboça, considerando o quadro atual é que haverá muitos votos – mais de 50 mil – e poucos políticos de peso para granjeá-los. Para quem iria a votação obtida por Rover, Sandra Melo e Graebin? A resposta pode ser: ou “o nome” ainda está por surgir – Melki Donadon?, Lizângela Rover? –; ou haverá concentração de votos em poucos candidatos “de ponta” dentre os já colocados (Goebel?, Marcos Donadon?), que poderão sair praticamente eleitos só com votos de Vilhena – ou os eleitores se dividirão em um número ainda maior de políticos de outras localidades do estado.
Na última eleição, Vilhena teve dez candidatos a estadual. Mesmo assim, 192 nomes de todo o estado obtiveram votos na cidade; eram desde as 30 figuras anônimas por aqui, que conquistaram um único voto; passando por nomes “manjados” como Carlão de Oliveira (PSL), com 208, e Kaká Mendonça (PTB), com 356; até Esequiel Neiva (PPS), que conquistou 1.646 eleitores, batendo algumas “pratas da casa”, como Mauro Bil (PT), que obteve 1.558 votos; Paulo Lérias (PSL), 897; Dirceu Hoffmann (PSDB), 617; Rubens Castanho (PTB), 189; e Airton Alicate, 30.
O FENÔMENO MARCOS DONADON – Além da saída de cena do trio Rover, Sandra e Graebin, há um outro fenômeno. Segundo analistas políticos da cidade, o deputado Marcos Donadon (PMDB), está pela primeira vez – depois de quatro mandatos – “apagado”. Não aparece na imprensa, não comparece a eventos populares e não participa de agendas pontuais da política local, como, por exemplo, a discussão em torno da implantação da UTI (unidade de tratamento intensivo), que poderá dar muito voto a Goebel.
Também pesa contra Marcos o fato de seus familiares não estarem mais à frente da administração municipal e, ainda, uma desvinculação gradual do seu nome ao do irmão, o deputado federal Natan Donadon (PMDB), que ainda goza de muito prestígio e que, para se manter “vivo” politicamente, tornou-se mais “plural”, transitando junto a políticos de diversas vertentes, inclusive ex-adversários. Antes, os irmãos tinham um “marketing” interligado entre eles. O que se vê agora é o “cada um por si...”
Para fechar o rol de pontos desfavoráveis a Marcos Donadon, o seu primo Marlon (ainda sem partido), ex-prefeito de Vilhena no bojo do PMDB, já rompeu politicamente com o núcleo central do clã. Ameaça alçar carreira solo e uma implosão no seio da família mais poderosa da região.
POSSÍVEIS CANDIDATOS EM 2010 (veja fotos abaixo) - Faltando um mês e meio para fechar o prazo para eventuais mudanças de partido, a cidade conta neste momento com oito possíveis candidatos a deputado estadual: Marcos Donadon, Luizinho Goebel, Mauro Bil, Lizângela Rover (PP), Arlindo Nenzão (PDT), Wilson Magalhães (PHS), Marlon Donadon e Elias Músico (PSC).
Fonte: FS
Autor: Da redação