DIRETOR DE ÓRGÃO PUBLICO É DENUNCIADO À JUSTIÇA POR ASSÉDIO MORAL
Corre na justiça um processo movido por cinco servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) contra o diretor da autarquia, Josafá Lopes Bezerra e o chefe imediato do órgão, Marcial Bueno, por assédio moral. Na denúncia, consta os empregados estariam recebendo tratamento indigno por não terem alcançado metas estabelecidas pela direção. Desde então, a leiturista Lucinéia Martins, uma das vítimas, estaria sendo tratada com desrespeito, tendo inclusive que fazer tratamento psicológico para superar o problema. Frases do tipo “cabeças vão rolar” e “voce está na minha lista negra”, entre outras insinuações estariam sendo dirigidas diariamente a esses servidores. A denúncia foi feita inicialmente no Ministério do Trabalho e Emprego e, segundo os autores, o clima dentro do órgão está muito “pesado” e a situação estaria ficando insustentável.
O motivo da perseguição teria sido o atraso na entrega dos carnês de conta de água, no fim do ano passado. Segundo a leiturista, a tarefa era impossível de ser realizada no prazo exigido, tanto que para completá-la, obrigou-se a trabalhar até no domingo. Para piorar, ela teria se negado a assinar um termo de desistência do pagamento de um benefício de 100 reais, oferecido pelo SAAE depois de um acordo coletivo com o Sindur.
Os servidores contam que há vários processos administrativos e judiciais acontecendo contra eles por iniciativa do SAAE. Segundo os empregados há muitos colegas descontentes com o tratamento dispensado pela direção da autarquia, mas eles não tem coragem de denunciar.
Há casos, segundo a deúncia, que Servidores universitários não conseguem dispensa para realizar seus trabalhos de estágio, exigidos pela Lei da Educação.
Fonte: Jornal do Servidor
Autor: Paulo Mendes