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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Geral

28/03/2016 10:20:07

Ex-assessor da prefeitura explica gesto e desespero e revela drama após cirurgia

Duarte diz ter sido vítima de erro médico em Vilhena
 
 
O ex-assessor executivo da prefeitura de Vilhena, Paulo Cezar Duarte, que na noite do último sábado, 25, chegou desacordado ao Hospital Regional, após consumir uma alta dosagem do medicamento Rivotril, esteve hoje na redação do FOLHA DO SUL ON LINE, para falar do episódio.
Duarte, conhecido por seu trabalho como locutor em eventos e campanhas políticas, não ocupa mais nenhum cargo no município desde 2014. Quando começou a Operação Stigma, da Polícia Federal, destinada a investigar um esquema de corrupção na prefeitura, o ex-servidor já havia voltado à iniciativa privada.
O locutor admite ter tomado o medicamento, mas explica que o gesto de desespero nada tem a ver com denúncias ou mesmo com a depressão que enfrenta desde que passou por uma cirurgia malsucedida em 2010.
Dizendo-se “chocado e triste” com os comentários sobre seu drama na matéria publicada por este site (leia aqui), o comunicador contou que estava sentindo tanta dor no momento em que ingeriu o Rivotril, indicado para quem tem insônia, que a atitude foi tomada “sem pensar”. Segundo ele, as dores eram tão fortes que ele aumentou a dose do remédio na tentativa de dormir.
 
ERRO MÉDICO
 
Mostrando documentos para provar que quase morreu em virtude da falha do profissional que o operou para se tratar de uma hérnia, Duarte garante: “Estou sofrendo desde que deixaram fios de aço dentro do meu corpo. Cada vez que eu me mexo, é como se houvessem navalhas me cortando”.
O ex-assessor diz que, em 2010, foi levado para a mesa de cirurgia, quando os médicos disseram que iriam usar tela para segurar a hérnia operada. Acontece que, durante o procedimento, os profissionais descobriram que não havia, no Regional, o material indicado. Com isso, optou pela “gambiarra” dos fios de aço.
Sempre sentindo dores agudas, o ex-servidor procurou outros médicos, que comprovaram o problema e emitiram laudos. “Isso que fizeram comigo não existe na medicina. Foi o que ouvi de outros profissionais”.
 
E AGORA?
Diante da situação, Paulo Cezar terá que passar por outra cirurgia a fim de tentar reverter o quadro. Acontece que, em virtude do aço usado indevidamente, seu corpo desenvolveu nódulos ao redor do material. Pior: nenhum outro médico quer operá-lo por causa do risco.
Sem alternativas em Vilhena, e temendo ser vítima de falha humana mais uma vez, Duarte fez contato com um cirurgião de Porto Velho, que pede R$ 16 mil para operá-lo. E ainda impõe uma condição: o vilhenense tem que assinar um termo em que assume os riscos do procedimento.
 
DESUMANO
Ao falar das pessoas que fizeram comentários maldosos sobre a situação que enfrenta, o ex-servidor, que diz não ter mais vida social, ao começar a entrar em “obesidade mórbida”, devolve as agressões virtuais: “Peço a Deus para que nenhuma das pessoas enfrente na família a tragédia que me atinge”.
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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