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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Música e Cultura

31/07/2017 11:25:21

Vilhena: há 20 anos, corais espíritas reúnem crianças e idosos em apresentações de fé e música

Grupo de coralistas ensaia semanalmente e viaja pelo Estado cantando suas crenças
 
O Centro Espírita Allan Kardec, através da cantora Marcia Aranda, mantém há duas décadas, em Vilhena, dois corais que têm ajudado muitos a aprenderem a cantar, superar seus limites e encontrar prazer em uma atividade paralela. Entoando músicas que falam sobre as crenças espíritas e também canções populares, os corais não se restringem aos espíritas e são abertos a todos que se interessarem. 
 
“A música é uma prece”, explica Marcia. “Uma oração que te sintoniza e faz você se concentrar no que está dizendo. No coral o objetivo é a que a música eleve o coração das pessoas, que a vida delas seja de mais paz, mais luz. Percebemos isso até nos ensaios, que nos deixam muito felizes e realizados”. 
 
O coral adulto “Renascer” e o coral infantil “Semente de Luz” se apresentam em Vilhena e região em eventos espíritas. Entre as cidades que os dois grupos já se apresentaram estão Ji-Paraná e Colorado do Oeste. Em breve, os coralistas devem participar da Semana Espírita de Cerejeiras e, em novembro, em evento especial em Porto Velho. 
 
De acordo com Marcia, o grupo de cantores é formado por pessoas de várias idades. “Somos, em média, 30 participantes de todas as idades, de adolescentes de 14 anos até minha mãe, que tem 76. Cantamos músicas com temática espírita, versando bastante sobre a reencarnação, paciência, lei da ação e reação e o amor de Jesus. Escolhemos músicas que consolam e dão força. Considero inclusive este um ‘coral terapêutico’. Além disso, temos músicas ‘seculares’, como algumas do Fabio Junior e a Oração de São Francisco, mas são escolhidas a dedo para se enquadrarem na filosofia espírita”, revela a cantora. 
 
Os ensaios são semanais, sempre aos domingos, das 17h às 18h30, na Casa Espírita. Apesar de a atividade ser um hobby para os cantores, é tratado como assunto sério. Lá, os integrantes estudam Teoria Musical através do método Bona, de solfejo (cantar os sons em forma de notas musicais dentro de sua afinação). Há também cinco alunos de violão. Qualquer pessoa de qualquer religião pode participar do coral que, é mantido pelos próprios membros.
 
“Nós colaboramos com R$ 10 cada um, conforme a possibilidade, e revertemos esses recursos para aquisição de equipamentos para o coral, como afinador, uniforme, pandeiro meia-lua, caixa de som, microfone e outros”, completa Marcia.
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Herbert Weil (texto e foto)

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