Comércio clandestino de madeira em Vilhena prospera enquanto fiscalização tenta impedir
Área extensa e efetivo pequeno de fiscais dificultam punição de criminosos
O comércio de madeira clandestina em Vilhena longe de acabar. Ainda que a economia local não sobreviva mais da exploração florestal nativa, o número de extratores ilegais de árvores nos arredores do município permanece grande. A grande área a ser fiscalizada e o pequeno efetivo de fiscais dificulta a punição daqueles que cortam madeiras.
Apesar de já ter tido mais de 90 madeireiras em seu território, o município hoje vive quase que exclusivamente do setor de serviços, do serviço público e do agronegócio, enquanto o extrativismo florestal cresce apenas no ramo de árvores plantadas.
A cidade tem 11 quilômetros quadrados de área urbana apenas, contra mais de 11,5 mil quilômetros de área rural e florestal. Entre os quase seis mil municípios do país, Vilhena está na 115ª colocação do ranking de área. Grande parte é coberta por densa floresta equatorial, caracterizada pela mata de terra firme com árvores enormes, sendo abundantes as madeiras aproveitadas, como: mogno, cerejeiras, itaúba, ipê, cedro e outros.
Com pouquíssimos homens para fiscalizar todo esse patrimônio da flora, a Sedam, a Polícia Militar Ambiental (PMA), o Ibama e outros órgãos reguladores tentam fiscalizar casos mais evidentes. Na terça-feira, dia 24 de abril, por exemplo, duas pessoas foram presas pela PMA após serem denunciadas por um produtor rural.
Árvores de itaúba estavam sendo cortadas para beneficiamento. Até a abordagem ser feita, eles já haviam retirado 9 metros cúbicos. Sem licença ambiental para extrair a madeira da propriedade, que não era deles, os detidos também tiveram suas motocicletas e motosserras apreendidas. Apesar de liberados, deverão responder por crime ambiental.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Herbert Weil