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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Saúde

23/05/2018 11:52:00

Síndrome mata adolescente e criança indígena de Vilhena, com o mesmo problema, está na UTI em Cacoal


Dentro da Síndrome Respiratória Aguda Grave existem vários tipos de vírus da gripe

Um adolescente de 16 anos morreu no domingo (20) por suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). O jovem, que era morador do município de Rolim de Moura, foi internado no Hospital de Urgência e Emergência (Heuro) de Cacoal, com muita dificuldade de respirar e morreu três horas após a internação.

A unidade hospitalar não conseguiu coletar materiais para confirmar a causa da morte. Uma criança de um ano e quatro meses também está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Cacoal (HRC), com os mesmos sintomas do jovem.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde Ivani Gromann, este ano o número de casos suspeitos de Srag, comparado ao mesmo período do ano anterior, está bem maior. Em 2017, de janeiro a maio foram notificados cinco suspeitas da doença. Já em 2018, no mesmo período, já foram internadas 14 pessoas com os sintomas da síndrome, sendo que desse número 60% são crianças menores de 4 anos.

“A conduta correta quando o paciente apresenta muita dificuldade para respirar, é imediatamente entrar com o Tamiflu, que é um antiviral utilizado para os casos graves de gripe, mas infelizmente observamos que esse medicamento tem sido pouco prescrito. Em Cacoal, todas as unidades de saúde, seja pública ou particular, tem essa medicação disponível”, afirmou Ivani, lembrando que o Tamiflu não é vendido em farmácias.

Segundo a coordenadora, em Cacoal, dois casos graves da síndrome foram registrados recentemente, sendo o do jovem de 16 anos, que foi a óbito no Heuro e o de uma criança indígena de Vilhena de 1 ano e 4 meses, que está internada na UTI pediátrica do HRC desde quinta-feira (17).

“Essa criança continua na UTI. Quando deu entrada estava apresentando um quadro muito grave. Hoje ela continua na UTI entubada, mas já está mais estável. Já o jovem de Rolim, deu entrada no hospital no domingo e cerca de três horas depois faleceu. Nesse caso o hospital não coletou o material e infelizmente não conseguiremos saber o tipo de gripe que o levou ao óbito”, lamentou.

COBERTURA VACINAL
Apesar do aumento de notificações da Srag, a cobertura vacinal da gripe está baixa em Cacoal. De acordo com Ivani, a principal medida de prevenção é a vacinação, porém as pessoas não estão procurando as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para receber a vacina. A campanha segue até o dia 1º de junho.

“No caso das crianças, temos que vacinar no mínimo 5,4 mil, e até o momento só vacinamos 1,9 mil, atingindo apenas 36% da meta. As crianças não vão sozinhas para o posto de saúde, elas dependem dos pais para receberem essa imunização. No caso dos demais grupos prioritários a cobertura também está baixa, entre 40% e 50%. Temos que melhorar muito essa cobertura”, alertou Gromann.

Ivani explica que dentro da Síndrome Respiratória Aguda Grave existem vários tipos de vírus da gripe, como H1N1, B, H3N2, entre outros que podem levar a sintomas graves da doença e até a morte. O procedimento adotado no paciente com sintomas da Srag é coletar material e encaminhar ao Laboratório Central de Porto Velho (RO).

“A vacina é feita com os vírus graves de gripe que ocorreram nos anos anteriores, por isso é tão importante tomar a vacina” explicou Gromann.
Dos 14 casos notificados no complexo hospitalar de Cacoal, apenas a criança continua internada. Nos casos em que o material foi coletado, o Laboratório Central descartou a síndrome. No caso da criança, o material foi coletado no final de semana e deve ser encaminhado ao laboratório para identificar o vírus que a atingiu. O resultado dever sair nos próximos 15 dias.




Fonte: Reprodução
Autor: Planeta Folha/G1

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