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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Cotidiano

20/03/2019 15:27:00

Ao explicar caso de moto “quase irrecuperável” em Vilhena, policial revela crueldade de bandidos contra vítimas

Marginais pintam veículos de outra cor e adulteram número de motor

Nesta semana, um rapaz de 22 anos procurou o FOLHA DO SUL ON LINE para registrar os transtornos que vem enfrentando desde que teve sua moto roubada, em janeiro deste ano, enquanto trabalhava como terceirizado no Hospital Regional de Vilhena.

Mesmo após a recuperação do veículo, encontrado num terreno baldio, a vítima não conseguia reavê-lo. O jovem chegou a se irritar com a demora da Polícia Civil em liberar a moto, que era usada pelo dono para ir trabalhar. Lembre aqui.

Ao comentar o caso, um veterano policial explicou a situação ao site, após o trabalho de perícia ser concluído, deixando a motocicleta pronta para ser regularizada no Detran (veja na imagem secundária): “Adulteraram o motor da moto totalmente. Pintaram a moto de outra cor. Graças ao trabalho de peritos, o número original, que foi raspado, foi recuperado. Com isso, fica mais fácil de regularizar junto ao Detran. Porque caso fosse devolvida assim, do jeito que está, na primeira blitz seria a moto apreendida novamente com o motor adulterado. Poderíamos ter mandado a motocicleta para a Ciretran de pronto, quando recuperada, mas lá cobram diária de pátio, o que não ocorre na Unisp. Se fosse restituída da maneira que está, sem tentar reaver a numeração original do motor, o dono dificilmente conseguiria legalizá-la novamente”.

A autoridade ainda acrescentou: “Em outro caso semelhante esses dias,  em Colorado do Oeste, devolveram a moto e não teve outra opção ao dono a não ser vender para o ferro velho”.

A explicação revela a crueldade dos marginais envolvidos em furtos de motos, uma modalidade criminosa cada vez mais comum em Vilhena, geralmente praticada com o uso de armas: ao raspar o chassi e mudar a cor, eles tornam quase impossível para o dono reaver o veículo, já que nem sempre se consegue recuperar a numeração original, como acaba de ser feito.




Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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