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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

19/11/2020 10:25:00

Em Vilhena, quociente eleitoral leva ao poder candidatos menos votados e deixa de fora outros, que foram bem nas urnas

 
Cinco dos eleitos tiveram menos votos que o vereador Rafael Maziero
 
A cada pleito eleitoral voltam à tona os questionamentos nas eleições proporcionais sobre porque o candidato “A” não foi eleito se tirou mais votos do que o candidato “B”, que ficou com a vaga.
 
No caso de Vilhena pode-se tomar como exemplo o vereador Rafael Maziero, do PSDB (FOTO), que fez 771 votos e não conseguiu se reeleger. Maziero foi melhor votado do que cinco dos candidatos que se elegeram. A saber: Professora Vivian (PP), com 630 votos; Ademir Alves (DEM), 565; Sargento Damasceno (PROS), 526; Nica Cabo João (PSC), 466; e Zé Duda (PSB), 425.
 
Outros candidatos bem votados, como Carol Andreazza (608 votos) e Adilson Oliveira (604), ambos do PSD, também ficaram de fora, apesar do bom desempenho nas urnas.
 
Isso acontece porque, diferentemente das eleições majoritárias, que escolhem os chefes dos poderes executivos das três esferas de governo pelo voto direto, para as eleições proporcionais é adotado o quociente eleitoral, que define a quantidade de votos necessária para um candidato chegar ao cargo.
 
O cálculo é feito em dois passos: primeiro toma-se o total de votos válidos (excluindo-se os brancos e nulos), e divide-se pela quantidade de cadeiras na Câmara Municipal. Tomando como exemplo o município de Vilhena que teve 41.567 votos válidos, e tem 13 cadeiras no Legislativo, encontramos um quociente eleitoral de 3.197 votos.
 
O quociente eleitoral, no entanto, é válido para os partidos políticos, e não para um candidato em específico. E aí é preciso fazer o passo dois: dividir o total de votos recebido pelo partido pelo quociente eleitoral, para determinar o quociente partidário, que é a quantidade de vereadores que o partido elege. Por exemplo: se determinado partido em Vilhena fez 7 mil votos, divide-se esse total pelo quociente eleitoral, que é de 3.197 votos, que asseguraria a essa agremiação duas cadeiras na Câmara Municipal.
 
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

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