Após vazamento de áudios de vereadora prometendo “mexer os pauzinhos”, sindicância vai apurar “fura-fila” em hospital

 
Polícia Civil também já está investigando o caso
 
Após os militantes políticos Adriano Vilhenense e Hernandes Mendonça publicarem em grupos no WhatsApp uma série de áudios da vereadora Nica Cabo João (PSC) conversando com uma servidora do Hospital Regional de Vilhena, a Polícia Civil decidiu investigar o caso, que apresenta indícios de ilegalidades.
 
Nos áudios, a vereadora fala em “mexer os pauzinhos” para a contratação da servidora e diz que precisa que ela continue lhe “ajudando” no hospital. As gravações mencionam também o nome de um médico que presta serviços na unidade.
 
Ainda não se sabe se a polícia deflagrou a investigação de “ofício” (por conta própria) ou se foi orientada pelo Ministério Público a entrar no caso, mas o fato é que a Secretaria de Saúde foi questionada pela corporação sobre que medidas havia adotado em relação às suspeitas.
 
A titular da Semus, Siclinda Raasch pretende enviar um ofício ao presidente da Câmara, Ronildo (PV)  informando o que já havia dito à polícia: uma comissão de sindicância será instaurada para apurar possíveis ilegalidades nos serviços de saúde, diante dos indícios de que a vereadora pode estar “furando a fila” de exames.
 
Formada por três servidores concursados, a comissão irá interrogar funcionários que trabalham no raio-X, no Ultrassom e na Tomografia do hospital. No total, são 18 servidores, que irão confirmar ou desmentir que estejam sendo assediados para passar na frente de outros, os pacientes indicados por Nica.
 
A comissão tem 60 dias, que podem ser prorrogados por outros 60, para apresentar um relatório sobre o que foi apurado. Caso se confirme ilegalidades que configurem crimes no atendimento a pacientes, todo o processo será encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público.