Sem apoio do Governo, pais e professores se mobilizam para viabilizar participação da delegação Rondoniense nas Paralimpíadas Escolares
A Paraolimpíada acontece em são Paulo entre os dias 28 de novembro e 02 de dezembro
A inoperância do Estado, representada pelas secretarias de Educação e de Esporte, resultou na falta de passagens aéreas para a Delegação Paratleta de Rondônia viajar para a Paraolimpíada Escolar que acontece em São Paulo-SP entre os dias 28 de novembro e 02 de dezembro. Rondônia tem representantes nas modalidades atletismo, bocha, natação e judô.
Para piorar, a informação de que o Governo não havia conseguido comprar as passagens, foi repassada ao responsável pela delegação apenas uma semana antes dos jogos, causando revolta e indignação entre pais, professores e atletas que lutaram e deram o seu melhor nas fases municipais, regionais e estadual para assegurar o direito de representar Rondônia na competição nacional.
Diante do descaso do Estado, pais e professores se mobilizaram e mobilizaram a sociedade com o intuito de angariar recursos no escasso tempo para assegurar aos jovens atletas a realização do sonho de representar o Rondônia na Paraolimpíada Escolar.
A reportagem da FOLHA DO SUL ONLINE conversou com a Professora Juliana Oliveira Montenegro, presidente da Federação Rondoniense Paralímpica de Esportes. Ela expressou sua frustração com a falta de providências por parte das autoridades. "Estamos lidando com o descaso do governo em relação aos atletas paralímpicos. A delegação foi formada desde agosto, e, mesmo assim, não conseguiram assegurar as passagens com antecedência", afirmou a professora.
Diante da crise, pais, professores e membros da sociedade uniram esforços para enviar paratletas a São Paulo, optando pelo transporte rodoviário. No entanto, a mobilização até o momento só conseguiu garantir as passagens de ida, deixando a necessidade urgente de doações para alimentação e para as passagens de volta.
Juliana Oliveira Montenegro apela à solidariedade da comunidade, oferecendo uma maneira direta de contribuição através de sua conta, utilizando o sistema Pix com a chave 822.530.302-44. "Estamos recebendo as doações diretamente na minha conta para garantir que nossos atletas possam competir e retornar para casa", explicou a líder paralímpica.
A revolta entre atletas, professores e pais é palpável diante da alegação das secretarias envolvidas, que afirmam não ter conseguido comprar as passagens aéreas devido ao problema da malha viária. “A gente entende que a malha viária está prejudicada sim, que não temos voos. Mas há vinte dias atrás houve os Jogos da Juventude no Rio de Janeiro e 170 atletas de Rondônia participaram, então vem a pergunta: Qual o descaso com os paralímpicos?”, quer saber a professora.
O caso ressalta a importância de um suporte adequado às iniciativas esportivas para pessoas com deficiência e destaca a resiliência e determinação da comunidade paralímpica diante dos desafios impostos pelo descaso governamental.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci