Empresário que foi vereador, fundou jornais em Rondônia e implantou condomínio em Vilhena é executado a tiros em sua fazenda na Bolívia
Pedro André de Souza também foi vereador na cidade de Ji-Paraná
Através de amigos do empresário Pedro André de Souza, o FOLHA DO SUL ON LINE confirmou o assassinato dele ontem em sua fazenda na Bolívia. Pedro foi executado a tiros dentro da propriedade, mas não há informações sobre a localização dela no país vizinho.
Segundo apurou a reportagem, um empresário vilhenense ligado ao agronegócio esteve com Pedro até a sexta-feira, 27, mas já havia voltado quando o crime aconteceu. O assassinato, cuja autoria e motivação são desconhecidas, será investigado pela polícia boliviana.
Uma das hipóteses já levantadas inicialmente como possível causa do crime, seria um possível desentendimento entre o empresário, de pouco mais de 50 anos e “sangue quente”, com algum dos empregados bolivianos de sua fazenda.
QUEM FOI?
Pedro André de Souza chegou ainda criança à Vila de Rondônia, hoje Ji-Paraná. Trabalhou de engraxate. Ainda na adolescência, conseguiu uma oportunidade para ser entregador do jornal. E foi justamente no jornal “A Palavra”, do falecido acreano Dionísio Xavier Silveira, o Dió, cuja redação iniciou ainda no bairro Casa Preta, que Pedro André tomou gosto pela área gráfica.
Trabalhou como gráfico muito tempo, até que montou a própria empresa no segmento nos anos 80. Pouco tempo, depois montou uma empresa de terraplenagem, a Guiso, e passou a executar grandes obras de pavimentação. Em 1999 ele acabou criando o diário Folha de Rondônia, cuja marca registrada ganhou do fundador, João Vilhena, hoje com 92 anos.
Foi nessa época, já no início dos anos 2000, que se elegeu vereador. Sua meta era ser o mais votado de Ji-Paraná, mas ficou em segu8ndo lugar, perdendo o posto para Zezinho da Cadeira, já falecido, o campeão de sufrágios na época.
Após vender a Folha de Rondônia e de ter um desentendimento com os novos donos, Pedro acabou criando outro jornal: o Diário do Povo, também em Ji-Paraná. O veículo impresso acabou falindo e Pedro André foi de mudança para Vilhena, onde fez sucesso na construção civil, implantando o primeiro condomínio fechado no Cone Sul de Rondônia.
Pedro André tinha comportamento imperativo, era ousado, tinha foco apurado em tudo a que dedicava fazer, como narrou essa história o jornalista Roberto Gutierrez.
Pedro era de “pavio curto”, ou seja, de temperamento forte: não media as palavras em uma discussão. Ele era do tipo amigo dos amigos, não media esforços para ajudar, mas também se portava com “um ótimo inimigo dos desafetos”, segundo acrescenta Gutierrez.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação