Hospital Regional de Vilhena realiza palestras sobre Paradas Cardiorrespiratórias para qualificação de profissionais das UTIs
As palestras foram ministradas pela enfermeira Ana Paula Rodrigues
O Hospital Regional de Vilhena está promovendo uma série de palestras focadas em paradas cardiorrespiratórias, com o objetivo de qualificar os profissionais que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e adulto. As palestras, ministradas pela enfermeira Ana Paula Rodrigues, destacam a importância do conhecimento técnico adequado para lidar com essas situações críticas, consideradas como as "emergências das emergências".
A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma condição em que ocorre a cessação súbita da função cardíaca e respiratória. Se não for tratada rapidamente, pode levar à morte em poucos minutos. Portanto, a prontidão e a capacidade técnica dos profissionais de saúde são cruciais para aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
Durante as palestras, Ana Paula Rodrigues enfatizou que técnicos e enfermeiros precisam estar constantemente preparados para responder a uma PCR. A atuação rápida e precisa pode significar a diferença entre a vida e a morte. "A parada cardiorrespiratória é a emergência das emergências. O tempo de resposta é crucial e os profissionais devem estar aptos a realizar manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) de maneira eficaz e segura", destacou Rodrigues.
Para atender à demanda e garantir que todos os profissionais possam participar, as palestras foram organizadas em três turnos, abrangendo várias turmas em diferentes horários. Isso permitiu que os funcionários de diferentes turnos de trabalho tivessem a oportunidade de receber o treinamento sem comprometer o funcionamento das UTIs.
Durante as sessões, foram abordadas diversas técnicas e protocolos atualizados de reanimação cardiopulmonar, incluindo Avaliação Inicial; Reconhecimento imediato da parada cardiorrespiratória e ativação do sistema de emergência, compressões torácicas, realização correta das compressões torácicas com ênfase na profundidade e ritmo adequados para garantir a circulação sanguínea eficaz, técnicas de ventilação artificial, incluindo o uso de dispositivos como máscara e válvula bolsa-máscara, uso de desfibriladores automáticos externos (DEA) e manuais, bem como a identificação de ritmos cardíacos que necessitam de choque além da adequada administração de medicamentos essenciais durante a RCP, conforme as diretrizes atualizadas.
As diretrizes para reanimação cardiopulmonar são frequentemente atualizadas com base em novas pesquisas e evidências clínicas. Atualmente, a American Heart Association (AHA) e o Conselho Europeu de Ressuscitação (ERC) recomendam, por exemplo, um enfoque contínuo na qualidade das compressões torácicas e uma maior ênfase no treinamento em equipe.
O treinamento contínuo em RCP é fundamental para garantir que os profissionais de saúde estejam sempre preparados. Estudos mostram que a retenção das habilidades de RCP pode diminuir significativamente após alguns meses sem prática. Por isso, hospitais e instituições de saúde frequentemente realizam treinamentos periódicos para manter as equipes atualizadas e prontas para agir em situações de emergência.
Segundo a Santa Casa, gestora que implementou as palestras no HRV, as atualizações representam um passo importante na qualificação dos profissionais das UTIs neonatal e adulto. Ao garantir que a equipe esteja bem treinada e preparada para lidar com essas emergências, o hospital aumenta significativamente as chances de sobrevivência e recuperação dos pacientes, reforçando seu compromisso com a excelência no atendimento à saúde.
Fonte: Foto: divulgação
Autor: Paulo Mendes