Médico e ativista político quase saem no tapa dentro da Câmara de Vereadores e revelam “xadrez” da eleição municipal em Vilhena

 
Situação só não chegou às “vias de fato” porque outras pessoas impediram
 
Uma discussão acalorada entre o médico Celso Eduardo Machado e o ativista político Júnior Pintor quase chega às vias de fato na manhã de ontem, dentro da Câmara de Vereadores de Vilhena. O bate-boca, que aconteceu no gabinete do presidente, Samir Ali (Podemos), só não evoluiu para uma situação mais grave porque pessoas presentes separaram os dois.
 
Tanto Júnior quanto Celso confirmam o desentendimento, mas negam ter havido agressões mútuas, como tem sido divulgado nos bastidores da política local. O estopim da desavença foi uma frase proferida por Pintor, durante uma discussão sobre política, em seu habitual tom estridente: “eu não sou malandro”. Machado, entendendo que havia sido chamado de “malandro”, reagiu na hora, mas depois os ânimos de ambos foram acalmados.
 
A briga, que teve relação com as eleições deste ano, ajudam a entender o quebra-cabeça em que se transformou a disputa municipal: Celso, que foi candidato a vice-prefeito em 2020, este ano disputará uma das 13 cadeiras da câmara; Júnior, que apoiou as duas candidaturas do prefeito Delegado Flori (Podemos), que deve buscar a reeleição, hoje é o mais ácido crítico dele.
 
O médico é filiado ao Podemos e estava na Câmara conversando sobre o boato de que dois vereadores (Dhonatan Pagani, do próprio Podemos, e Pedrinho Sanches, do Avante), se filiariam à mesma sigla. Celso garante que não se importa, mas um grupo do Podemos promete uma debandada na sigla caso dois parlamentares tentem disputar a reeleição pelo partido.
 
Samir Ali, o presidente da Câmara que viu a briga em seu gabinete, está de mudança do Podemos para o MDB, pelo qual pretende disputar a reeleição. A legenda, presidida justamente por Júnior Pintor, deverá lançar para prefeito o também vereador Ronildo Macedo, outro que está de saída do Podemos para ingressar no MDB.