Por causa de cadela que acompanha a família, venezuelano recusa acolhimento em ONG e continua vivendo na rua, em Vilhena
Diretora da instituição explicou o impasse envolvendo o animal
Após o FOLHA DO SUL ON LINE publicar reportagem mostrando a situação de uma família venezuelana morando na rua, em Vilhena, um leitor entrou em contato com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que por sua vez procurou a Casa de Apoio Amor e Vida para acolher o homem, a esposa e as duas crianças que acompanham o casal (ENTENDA AQUI).
Um veículo da Semas levou o ex-sargento da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela, Joel Alexis Montilla, até a ONG que acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade social. A ação acabou não dando certo por um detalhe inusitado envolvendo o quarto integrante da família: a cadela pit bull “Kiara”.
Segundo Clotilde Muniz, que comanda a Casa de Apoio, foi explicado ao ex-militar que a cachorra não poderia ficar solta, já que a instituição abriga idosos e mulheres com crianças pequenas, que poderiam se assustar com a presença do animal.
Foi sugerido que Kiara ficasse mantida presa ou mesmo amarrada embaixo de uma árvore no local, recebendo água e comida. Montilla não aceitou, argumentando que a mascote sempre viveu em liberdade.
Ele também não quis deixar a esposa e as filhas no abrigo, onde elas receberiam alimentação e poderiam dormir em segurança, ao invés de passar as noites em uma praça no centro da cidade.
Diante do impasse, e alegando que as meninas não vivem longe da pit bull, o venezuelano preferiu continuar nas ruas, onde pede ajuda a quem passa pela principal avenida da cidade e procura emprego.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação