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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Geral

20/10/2015 09:52:37

Exclusivo: sobrevivente de chacina em Vilhena viu amigo tombar morto aos seus pés

Macarrão embrenhou-se na mata após primeiro tiro 


O FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou, na tarde de ontem (segunda-feira, 19), com exclusividade, o servidor federal aposentado Ariovaldo Nunes da Silva, 57 anos, único a escapar sem ferimentos da chacina cometida na área rural de Vilhena no último sábado, 17. O crime aconteceu numa região conhecida como “Farinheira”, a cerca de 70 km da área urbana, e deixou um saldo de cinco mortos, três deles carbonizados após as execuções.
Além de “Macarrão”, como é conhecido o servidor, um quase xará dele (Arivaldo Bezerra dos Santos, 55 anos, o “Boy”) também escapou, porém foi atingido por tiros disparados pelos executores e está internado no Hospital Regional de Vilhena.
Na conversa com o site, Ariovaldo contou que estava conversando, por volta das 17:00h, na fazenda  onde ocorreu a execução coletiva, quando o vizinho, Daniel Aciari, 67 anos, tombou ao seu lado, atingido por um tiro. Ao ver a cena, o sobrevivente embrenhou-se na mata e chegou até sua casa, que fica a cerca de 2 km do palco da tragédia.
Segundo calcula Nunes, que tem um sítio próximo à casa onde as vítimas foram incineradas depois de mortas, ele foi já ouvido pela polícia, na condição de testemunha, mas não soube dar nenhuma informação. “Eu saí correndo e não vi mais nada”.
O agricultor calcula que, entre o disparo que atingiu a primeira vítima e as outras mortes, os assassinos devem ter demorado mais de uma hora para "concluir o serviço". Ele faz esta avaliação com base nos disparos que ouviu de longe.
Macarrão disse não fazer a menor idéia da motivação da chacina, mas garante: ele próprio não era alvo do ataque. Aliás, o vizinho que caiu mortalmente ferido aos seus pés também teria sido vitimado “de graça”, uma vez que nenhum dos dois tinha rixa ou envolvimento em disputas por terras, que pode ter sido a causa da tragédia.
Segundo o sobrevivente, que mora com a esposa no sítio de 71 alqueires que possui na região, e onde cria gado, seus dois conhecidos na cena da selvageria eram o vizinho Daniel e José Bezerra dos Santos, 65 anos, o último a ter o corpo resgatado. Os outros mortos teriam chegado para trabalhar na propriedade no mesmo dia do episódio.





Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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