Por falta de apoio, Miss Vilhena pode deixar de disputar concurso nacional

Por falta de apoio, a Miss Vilhena, Vanessa Lourenço Modesto, pode deixar de representar a cidade num dos concursos de beleza mais importantes do país. A jovem vilhenense, primeira negra a vencer a disputa local, precisa pagar, até o dia 15 de maio, os R$ 4 mil reais referentes à taxa de inscrição do Miss Terra Brasil, que será realizado na cidade de Divinópolis (MG), de 07 a 16 de setembro.
Por ser um concurso com destaque para o meio ambiente, o Miss Terra desperta atenções internacionais. A vencedora da etapa brasileira disputa contra competidoras de vários países a edição mundial do evento. Vanessa, aliás, pretende mostrar na cidade mineira as belezas do rio Guaporé, onde já tirou fotos para a produção de seu material de divulgação.
O drama da Miss é que, embora haja promessas de patrocínio, se a inscrição não for feita no prazo, que se encerra na semana que vem, o apoio torna-se inútil. A Prefeitura de Vilhena deve repassar recursos para que a moça custeie gastos com trajes típicos, que estão orçados em mais de R$ 10 mil. Já a Secretaria de Estado de Cultura deve bancar hospedagem e deslocamento. Mas em ambos os casos, os processos para a liberação dos recursos sequer foram abertos.
De acordo com Apollo Pedroso, assessor de Vanessa, a empresa Look Beauty Produções, que organiza o Miss Terra Brasil, já enviou formulários para que a candidata busque patrocínios entre as empresas locais. “Mas até agora não conseguimos um centavo sequer”, revela.
Acostumados e bancar eventos muito menos importantes, os empresários locais têm, com a participação de Vanessa, a chance de divulgar o nome da cidade num acontecimento que é visto em toda a imprensa nacional. Também ganham a chance de provar que, ao contrário do que se especula, a elite local não é preconceituosa e apóia uma Miss Negra e de origem humilde.