MEDICMAIS SAÚDE: Por que crianças tem tanto medo de dentista?
Adultos também podem ter odontofobia, desenvolvida ainda na infância; técnicas simples ajudam a amenizar esse medo
O acompanhamento bucal desde a infância ajuda na condução de tratamentos odontológicos, além de facilitar a identificação de eventuais problemas dentários. O problema é que muitos pais encontram dificuldades em levar os pequenos a consultas regulares no consultório. Grande parte disso se deve ao medo de dentista que as crianças acabam desenvolvendo. Aliás, não são só crianças que têm esse receio, viu? Por incrível que pareça, a resistência ao dentista também é comum entre os adultos. E tem mais: por não buscarem auxílio para o problema, essas pessoas acabam desenvolvendo odontofobia ao longo do tempo.
Por essas e outras, é essencial desmistificar situações ocorridas no consultório para as crianças, visto que a associação equivocada de que ir ao dentista é sinônimo de sofrimento causa uma série de problemas. E se esse medo impede o acompanhamento adequado da saúde oral dos pequenos. Weslayne Lauterte, odontopediatra na MedicMais Vilhena, explica que a melhor forma de lidar com o medo das crianças é buscar, desde cedo, familiarizá-las com a figura do dentista.
“A primeira dica, portanto, consiste em iniciar o acompanhamento odontológico logo após o nascimento dos primeiros dentes de leite. Dessa forma, o profissional poderá acompanhar o pequeno com ações simples, colaborando com a prevenção de transtornos bucais e, consequentemente, evitando procedimentos mais complexos quando a criança estiver maior. Seguindo essa estratégia, fica mais fácil dissociar a ideia de que visitas ao dentista sempre representarão dor”, argumenta.
Uma dica importante é orientar a criança acerca da higiene bucal desde cedo. Por meio de brincadeiras, histórias positivas e até mesmo relatos de experiências no dentista, os pequenos podem criar uma imagem amena sobre a ida ao consultório. “Nada de enfatizar a ideia da ida ao consultório odontológico como punição. Se a criança não quiser escovar os dentes, por exemplo, evite dizer que tomará injeção no dentista se não o fizer. Se fizer algo que possa prejudicá-la, não diga que ficará doente e será levada ao dentista”, orienta.
A presença dos pais no consultório é muito importante, uma vez que eles conhecem melhor a reação dos filhos frente a situações de ansiedade ou nervosismo. É válido, nesse sentido, que os adultos criem um ambiente confortável para os pequenos, levando brinquedos de que gostem e com os quais possam se distrair, por exemplo. Outra dica é conversar com eles no caminho até o dentista, tranquilizando-os sobre o que será feito por meio de uma linguagem lúdica.
E por fim, a dica de ouro é falar a verdade. As crianças têm muita confiança nos pais. Por isso, tanto a fala exagerada sobre a dor que poderão sentir no consultório quanto a negação da existência de qualquer incômodo podem romper esse laço de credibilidade, acentuando o problema do medo de dentista. Procure, assim, falar sempre a verdade. No mínimo, apenas exponha a realidade evitando exageros, procurando manter o pequeno calmo para que experimente a consulta sem ansiedade desnecessária.
Fonte: Assessoria
Autor: Foto: Assessoria