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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Saúde

09/07/2018 14:32:00

Ex-secretário de Saúde reage a críticas de Japonês, apresenta relatório e diz que prefeito de Vilhena está “alienado”

Vasques foi alvo de acusações durante “blitz” no Regional de Vilhena

O ex-secretário de saúde do Município de Vilhena, Marco Aurélio Vasques, reagiu às críticas feitas pelo prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV) e o grupo de vereadores com quem ele realizou, no último dia 05 de julho, uma visita ao Hospital Regional para fazer uma vistoria da situação da maior unidade de saúde do Cone sul e Noroeste do Matogrosso. Em nota, Vasques disse que Japonês deve ter cuidado com seus aliados, uma vez que, segundo o ex-secretário, eles “estão interessados em cuidar apenas do próprio umbigo”. 

Veja nota encaminhada pela assessoria de Vasques.
 
PREFEITO EDUARDO JAPONÊS ESTÁ ALIENADO E CERCADO DE INTERESSEIROS
 
Ex-secretário de Saúde exerce direito de resposta e dispara contra a administração municipal
 
Acerca de matéria divulgada pela assessoria da Câmara de Vereadores que informou que os vereadores França Silva (PV), Ronildo Macedo (PV), Wilson Tabalipa (PV), Rafael Maziero (PSDB) e Leninha do Povo (PTB), juntamente com o prefeito Eduardo Japonês (PV), realizaram uma blitz em todas as dependências do Hospital Regional de Vilhena em 05 de julho e o prefeito afirmou que o senhor Vasques, ex-secretário mentiu muito, é necessário esclarecer a verdade dos fatos.
Inicialmente é muito estranho que o secretário de Saúde, Luiz Carlos Hassegawa, tenha falado da falta de planejamento nas instalações, citando torneiras de rosca dentro da UTI e banheiro para deficientes físicos onde não entram cadeiras de rodas, pois ele já trabalhou no HRV, inclusive foi diretor técnico do hospital e coordenador da UTI, até ser exonerado em 2009 pelo ex prefeito Zé Rover e as instalações físicas são as mesmas, não foram estragadas durante o ano de 2017.

Acerca da fala do vereador França Silva, que se disse indignado com o abandono deixado pela gestão anterior, e que dos 10 leitos de UTI, tem apenas 6 que realmente funcionam plenamente, cabe lembrar que em janeiro de 2017 apenas 2 leitos tinham plena funcionalidade e foram adquiridos 10 camas elétricas com colchões, 10 monitores multiparâmetros, 50 bombas de infusão, eletrocardiógrafo, cardioversor, carro de emergência, biombos e 7 ventiladores mecânicos (a ANVISA estabelece 1 para cada 2 leitos conforme a Resolução nº 7/2010), realizada a manutenção completa da tubulação de gases e usina de oxigênio, com investimento total de cerca de R$ 1,2 milhão e o funcionamento da UTI foi totalmente restabelecido. Durante a gestão tampão de Adilson de Oliveira, Vasques denunciou que havia bloqueio de leitos na UTI e contaminação de circuitos, o que foi classificado como mentira pela assessoria do prefeito e direção do hospital, inclusive foi noticiado na imprensa que o Ministério Público teria investigado a situação e o promotor Paulo Lermen teria revelado que "tudo estava funcionando normalmente". Fica a dúvida: quem mentiu? A assessoria do prefeito Adilson, a direção do hospital ou o promotor? Quem deve explicações é o vereador, ele não investigou naquele momento porque estava em campanha pelo candidato e hoje prefeito? Ele não esteve na UTI antes de junho/2018? Nunca viu os equipamentos adquiridos? Se em pouco mais de 70 dias de gestão Adilson e Japonês a situação se tornou crítica quem tem que estar indignado é o cidadão vilhenense com a falta de compromisso do vereador.

Já a resposta do vereador Ronildo Macedo, sobre os quase R$ 2 milhões específicos para reforma do hospital, deve ser ressaltado que o valor é de R$ 2.299.584,00, oriundos de emendas parlamentares do senador Valdir Raupp e deputada Marinha Raupp, que foram autorizadas, habilitadas e empenhadas em 2017, sendo o contrato de repasse nº 851440/2017/MSAÚDE/CAIXA assinado junto a Caixa Econômica Federal em 13 de dezembro de 2017, o desenho arquitetônico e fachada foram aprovados pelo ex secretário Vasques e pela ex prefeita Rosani Donadon em março de 2018 e foi para planilhamento, para posterior aprovação da CEF e licitação. A responsabilidade total é do secretário municipal de planejamento em conjunto com o secretário municipal de integração governamental, cargos hoje ocupados por indicado político do vereador Rafael Maziero. Quem deve explicações são os vereadores Maziero e Macedo, o que foi feito em 70 dias de gestão Adilson e Japonês? O projeto foi aprovado pela CEF, a licitação está em andamento? Ou existe incompetência do secretário apadrinhado pelos vereadores?

A única resposta cabível à vereadora Leninha do Povo é sobre sua hipocrisia, se dizer enganada pela gestão, quando é servidora do hospital, entra e sai da unidade todos os dias, perambula por suas alas fazendo politicagem e trabalhando muito pouco, e não conhece o hospital? Talvez a explicação para sua fala seja o fato de ter sido advertida pelo ex secretário sobre seu trabalho, que recebia muitas críticas de servidores e pacientes e o fato de não ser atendida nos seus inúmeros pedidos de "fura fila" para consultas e cirurgias ou de benefício para alguns médicos para receberem plantões extras.
 
Sobre falta de materiais, é de ressaltar que entre estoque e materiais empenhados para serem entregues, foi deixado cerca de R$ 4.500.000,00 conforme relatório e materiais devidamente controlados em sistema, situação bem diferente da encontrada em janeiro de 2017, quando não foi deixado absolutamente nada de soro, analgésicos e antibióticos, deve ser lembrado que o almoxarifado de medicamentos era mantido por 3 servidores, que todo o estoque era lançado no sistema hórus e o cuidado de compras era diário para que as faltas fossem as menores possíveis, decorrentes apenas da burocracia e atrasos de entregas. Nos 70 dias de gestão Adilson e Japonês nenhum processo licitatório foi montado para compras, o número de servidores no almoxarifado dobrou, com nomeações de cargo em comissão em claro desvio de função, o controle é precário com requisições preenchidas a mão, há notícias de autorização de recebimento de álcool em quantidade inferior à Nota Fiscal para compensações de preços, e esperamos a mesma rigidez da AGEVISA, MPE, TCE, CONSELHO DE FARMÁCIA e PF nas fiscalizações que foram desenvolvidas em 2017, pois os indícios são precursores de fatos anteriores, inclusive os mesmos personagens responsáveis pelo descontrole estão voltando aos seus lugares.

Finalmente, o ex secretário Vasques nunca afirmou que o Hospital Regional estava uma maravilha, pelo contrário, sempre foi muito realista com as condições, o que afirmava e continua afirmando é que em 2017 a situação melhorou muito, com aquisições de aparelhos de anestesia para o centro cirúrgico, troca de todos equipamentos da UTI, colocação de ar condicionado no pronto socorro, novo aparelho de ultrassom, novo aparelho de Raio-X digital, 50 camas novas, 170 colchões novos, equipamentos para cozinha hospitalar, pintura em várias alas internas, obras do novo centro obstétrico e UTI neonatal em execução pela justiça do trabalho, contratação de RH, ampliação do número de médicos plantonistas no pronto socorro que passou de 1 ou 2 para 4 médicos durante o dia e 3 médicos durante a noite, pagamento de 14 folhas salariais em 2017 e manutenção da folha paga dentro do mês trabalhado, pagamento até o dia 10 de cada mês dos plantonistas do pronto socorro, entre outras ações.

Em relação, portanto, à fala do prefeito Eduardo sobre ter mentido muito, Vasques afirmou "devo perdoá-lo, pois não me conhece, e como cristão, não minto. Ele está alienado, em um ano e meio nunca entrou no hospital, quando precisa vai em hospital e médicos privados, por isso não conhecia a realidade, mas deve tomar cuidado, pois está cercado de interesseiros, gente que só olha o próprio umbigo".

Quem realmente mentiu muito foram os companheiros do prefeito Eduardo, como o Adilson quando prefeito tampão que mandou publicar matéria dizendo que em 30 dias iria inaugurar o posto de saúde do setor 12, ficou 60 dias e nada; disseram que a Rosani ficou com 1,5 milhão de reais em conta para comprar os equipamentos para a UPA e em um ano não inaugurou, mentiram quando não disseram que o dinheiro chegou em dezembro, já foram 70 dias, e a segunda UPA, no Cristo Rei foi prometida pra já, vamos ver quem falou a verdade, o tempo é senhor da razão.

Vasques disse ainda que "O secretário de Saúde já foi condenado em primeira instância a devolver dinheiro ao município, neste momento está se explicando ao Tribunal de Contas por supostas irregularidades relativas à prestação de plantões especiais no âmbito do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, e ao invés de trabalhar fica de conversa fiada, deixamos mais de 2,5 milhões de equipamentos empenhados, que estão sendo entregues e tem equipamentos que chegaram e estão junto com veículos no setor de transportes, sem qualquer cuidado, ele deveria estar se preocupando em saber o que está comprado, como vai instalar, onde estão os projetos de reformas, nos colocamos a disposição em 30 de abril para prestar todas as informações, nunca vieram atrás, por puro orgulho, é assim que se erra muito na administração pública, por achar que é dono do que é público".

A situação econômica da secretaria de saúde é incomparavelmente melhor que em 2017, tem dinheiro na conta para comprar 135 camas e poltronas para acompanhantes para o HRV, trocar mobiliário de todas unidades, deixamos aparelhos de ar condicionado, máquinas para lavanderia, troca de todos equipamentos de centro cirúrgico e montagem de centro obstétrico, basta trabalhar, é para isso que o prefeito foi eleito, não para ficar criando factóides na imprensa.




Fonte: Folha do Sul
Autor: Assessoria

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