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Terça-feira, 03 de dezembro de 2024

Geral

22/11/2019 18:06:00

Acusado de tentar matar ex na área rural pega 2 anos de prisão; outro envolvido no crime continua foragido


Vítima levou tiro no rosto e perdeu a visão de um dos olhos
 
Na manhã desta sexta-feira, 22, foi julgado no Fórum Desembargador Leal Fagundes, em Vilhena, Márcio Dias da Silva, de 29 anos, que em fevereiro desde ano se envolveu em um episódio que acabou com a sua ex-namorada, Rozane de Fátima de Souza, de 33 anos, ferida a tiros em uma estrada vicinal nos arredores da cidade.
 
Segundo os autos, Marcio e Rozane, que estavam separados a cerca de quatro meses, se encontraram numa festa em um balneário próximo à zona urbana. Quando a festa estava prestes a terminar, já por volta das 04 horas da madrugado do dia 09 de fevereiro deste ano, Rozane e os amigos estavam saindo do local, quando ela foi abordada por Kenedy Palmeira da Silva, 26 anos, amigo de Marcio. Ele teria a indagado: “você vai com eles?” Rozane confirmou e ouviu o homem falar em tom ameaçador: “vai na fé”.
 
Quando o grupo saía, Kenedy sacou uma arma e disparou na direção do veículo, mas não atingiu o carro e o grupo seguiu. Pouco tempo depois, Marcio ultrapassou e fechou o veículo no qual Rozane estava, obrigando o motorista a parar. Em seguida, de acordo com relato do próprio Marcio, ele puxou Rozane para fora do carro. Em seu depoimento, ela afirmou que ele teria batido com a cabeça dela algumas vezes no chão. Já em pé, ela foi atingida com um tiro na cabeça. Quem atirou, segundo testemunhas, foi Kenedy. Após o disparo, Marcio e Kenedy fugiram do local. Marcio foi preso no mesmo dia, quando foi até o Hospital Regional a procura de informações obre o estado de saúde da ex (lembre aqui o crime).
 
Rozane passou por algumas cirurgias, sobreviveu, mas perdeu a visão do olho esquerdo. Kenedy foi indiciado, mas continua foragido.
 
A acusação que chegou ao tribunal contra Márcio foi de tentativa de feminicídio. No entanto, o Ministério Público, representado pelo Promotor de justiça João Paulo Lopes, considerando não haver provas cabais de que Márcio queria a morte da vítima, solicitou aos jurados a desqualificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal grave.

Os advogados Aisla Carvalho e Bruno Hintz, trouxeram como tese principal a negativa de autoria. Para a defesa, todas as provas apontam Kenedy como autor. “Com quem foi a discussão momentos antes do crime? – Kenedy. Quem atirou no carro quando eles saíam da chácara? – Kenedy. Quem foi que atirou na Rozane? – Kenedy”, enumerou Carvalho.
 
Os jurados, no entanto, acataram a tese da acusação, desclassificando o crime de tentativa de homicídio para lesão corporal, passando assim a competência do julgamento para a Juíza presidente do Tribunal do Júri Liliane Pegoraro Bilharva, que condenou o réu pelo crime de lesão corporal grave e dosou a pena em 2 anos de prisão a serem cumpridos em regime semiaberto. A defesa não irá recorrer da sentença.
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

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