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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Saúde

26/01/2023 09:18:00

Ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde dispara contra deputado eleito e alerta prefeito sobre terceirização em Vilhena

 
Raimundo Nonato Soares ameaça ir à justiça e ao Ministério da Saúde contra medida adotada por Flori
 
Por telefone, o FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou, na manhã desta quinta-feira, 26, o ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde de Rondônia, Raimundo Nonato Soares, que foi duro ao criticar a decisão do prefeito de Vilhena, Delegado Flori (Podemos), de entregar a gestão da rede municipal a uma entidade filantrópica (ENTENDA AQUI).
 
Raimundo, que ainda integra o CES/RO como conselheiro, disse que conheceu o prefeito como delegado da Polícia Federal em Porto Velho, e acredita que ele tenha sido induzido a tomar a decisão errada com menos de um mês no cargo.
 
O dirigente diz que a “terceirização” da saúde em Vilhena foi adotada sem consulta ao Conselho Municipal e prevê que a medida será derrubada através de ações na justiça. Soares diz que tanto o MP estadual quanto o MPF serão acionados para que o prefeito vilhenense seja obrigado a rever o ato. “Tá tudo errado”, dispara.
 
Segundo o conselheiro, uma comissão do CES deve vir a Vilhena para conversar com Flori, a fim de convencê-lo a desfazer a terceirização. Se a sugestão não for acatada, denúncia também será enviada ao Ministério da Saúde, que poderá bloquear o rapasse de recursos para Vilhena.
 
“Aqui em Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves tentou terceirizar duas UPAs, mas o Ministério Público expediu recomendações e ele teve que recuar”, disse Raimundo, alertando que Flori pode ser alvo de uma ação civil pública se insistir na parceria com a entidade paulista, que já está gerindo a saúde local.
 
“Vilhena é um polo regional, portanto, tem responsabilidade pela saúde de outros municípios e recebe recursos para isso. A política do Ministério da Saúde é fortalecer o SUS e não terceirizar serviços que são de competência do Poder Executivo”, argumentou o entrevistado.
 
“O Conselho Estadual é contra a terceirização, e o Conselho Municipal também, mas sequer foi ouvido para se manifestar sobre isso”, finalizou Soares, que promete lutar para reverter a situação.
 
O dirigente também não poupou críticas ao deputado federal eleito Fernando Máximo (União Brasil), que estaria por trás de terceirizações também em outros municípios, além de Vilhena. “O mais votado, mas foi um péssimo gestor como secretário de Estado da Saúde. Ele deveria é cuidar do mandato e dos processos que responde, ao invés de ficar induzindo municípios a adotar terceirizações ilegais”, finalizou.
 




Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação

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